A Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo

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O mito da Deusa no Submundo



"Nos tempos antigos, nosso Senhor, o Cornudo, era (e ainda é) o Consolador, o Confortador.

Mas os homens o conheciam como o terrível Senhor das Sombras, solitário, inflexível e justo.

Mas nossa Senhora, a Deusa resolveria todos os mistérios, até mesmo o mistério da morte; e assim ela viajou ao Mundo Subterrâneo.

O Guardião dos Portais a desafiou...

"...Tira tuas vestes, põe de lado tuas jóias, pois nada tu podes trazer contigo o interior desta nossa Terra."

Assim ela se despojou de suas vestes e de suas jóias, e foi amarrada, como todos os vivos que buscam ingressar nos domínios da Morte, a Poderosa, têm que ser.

Tal era a beleza dela, que a própria Morte se ajoelhou e depositou sua espada e coroa aos seus pés...

... E beijou seus pés, dizendo: "Abençoados sejam teus pés, que te trouxeram por estes caminhos. Permanece comigo, mas deixa que eu ponha minhas mãos frias sobre o teu coração."

E ela respondeu: "Eu não te amo. Por que fazes todas as coisas que amo e nas quais me comprazo fenecerem e morrerem?"

"Senhora" – respondeu a Morte – "Trata-se da idade e da fatalidade, contra as quais sou impotente. A idade, o envelhecimento, leva todas as coisas a definharem; mas, quando os homens morrem ao desfecho de seu tempo, concedo-lhes repouso, paz e força para que possam retornar. Mas tu, tua és linda. Não retornes, permanece comigo."

Mas ela respondeu: "Eu não te amo".

E então disse a Morte: "Se não recebem minhas mãos sobre seu coração, tens que te curvar ao açoite da Morte."

"É a fatalidade, melhor assim..." – ela disse e se ajoelhou.

E a Morte a açoitou brandamente.

E ela bradou: "Eu conheço as aflições do amor."

E a Morte se ergueu e disse: "Sejas abençoada."

E lhe deu o beijo quíntuplo, dizendo: "Assim apenas pode atingir a alegria e o conhecimento".

Então a Morte desamarra os seus pulsos, depositando o cordel no chão.

E ele a ela ensina todos os seus mistérios e lhe dá o colar que é o círculo do renascimento.

A Deusa, então, toma a coroa e a recoloca na cabeça do Senhor do Mundo Subterrâneo.

E ela ensina a ele o mistério da taça sagrada, que é o caldeirão do renascimento.

A Deusa toma o cálice em ambas as mãos, eles se entreolham, e ele coloca ambas as mãos nas dela.

Eles amaram e se tornaram um, pois há três grandes mistérios na vida do homem, e a magia os controla todos.

Para realizar o amor, tendes que retornar novamente no mesmo tempo e no mesmo lugar daqueles que são os amados; e tendes que encontrá-los, conhecê-los, lembrá-los e amarrá-los de novo.

O Senhor do Mundo Subterrâneo solta as mãos da Deusa e esta recoloca o cálice no seu lugar.

Ele toma o açoite em sua mão esquerda e a espada na sua mão direita e fica na posição do Deus, antebraços cruzados sobre o peito, espada e açoite apontados para cima.

Ela fica na posição da Deusa, pernas escarranchadas e braços estendidos formando o pentagrama.

Mas para renascer tendes que morrer e ser preparado para um novo corpo.

E para morrer tendes que nascer, e sem amor não podes nascer.

E nossa Deusa sempre se inclina para o amor, e o júbilo, e a ventura; e ela protege e acaricia suas crianças ocultas na vida, e na morte ministra o caminho da comunhão com ela; e mesmo neste mundo ela lhes ensina o mistério do Círculo Mágico, que é disposto entre os mundos dos homens e dos Deuses"
 
Retirado do site Old Religion

Caveiras de Cristal

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Caveiras de Cristal

Fonte: Superinteressante
O QUE É A CAVEIRA DE CRISTAL?
Um objeto sobrenatural, feito por civilizações antigas? Um gerador de energia criado por aliens? Ou um golpe para enganar colecionadores?
No novo filme de Indiana Jones, aparecem várias caveiras de cristal – que, se unidas, viram uma imbatível arma de guerra. E na vida real, fora do cinema, os mitos não deixam por menos. Há quem diga que as caveiras são geradores de energia ou computadores fabricados por civilizações alienígenas. Uma das caveiras, que teria sido esculpida pelos maias 3 600 anos atrás, promete poderes ainda mais bizarros. Bastaria tocá-la para se curar de qualquer doença (ou encomendar a morte de alguém). Existe até uma seita, no México, para a qual as caveiras precisam ser reunidas até dezembro de 2012 – do contrário, a Terra sairá de órbita, com conseqüências catastróficas para a humanidade. Nada disso tem fundamento científico. Mas, na vida real, as caveiras de cristal realmente existem.
Há pelo menos 12 delas, supostamente de origem pré-colombiana, em museus e acervos particulares. A mais famosa teria sido descoberta por Frederick Mitchell-Hedges, em 1924, no Belize (América Central). É um crânio esculpido em quartzo, com 13 centímetros de altura e 5 quilos. Em 1970, o pesquisador Frank Dorland analisou o objeto, o que teria revelado dois detalhes intrigantes. A caveira realmente foi esculpida a partir de um bloco de quartzo, mas no sentido errado – o que, em tese, deveria ter quebrado o cristal. E a superfície do objeto era absolutamente uniforme, sem arranhões, sugerindo o uso de uma tecnologia que os maias certamente não tinham. Para os mais crédulos, isso serviu como prova de que as caveiras seriam obra de alienígenas. Dorland propôs uma tese um pouco menos mirabolante, mas que também não é fácil de engolir. Para ele, o objeto teria sido esculpido à mão pelos maias, com areia e água, num processo extremamente lento – que poderia ter levado de 150 a 300 anos. Será possível? O arqueólogo Paulo Zanettini, da Universidade de Campinas (Unicamp), que viu uma das caveiras no Museu Antropológico da Cidade do México, acredita que os povos da América Central eram capazes de fazer esse tipo de polimento. “A sofisticação deles era inimaginável.”
Mas, provavelmente, a solução do mistério é bem mais simples. Estudos recentes comprovaram que duas das caveiras de cristal, a do British Museum e a do Museu Quai Branly, na França, são fraudes. Os objetos contêm traços de polimento e perfurações características de instrumentos modernos, como os utilizados por joalheiros europeus a partir do século 19 – mais precisamente os do sul da Alemanha, onde as duas caveiras teriam sido fabricadas.
O QUE DIZ INDIANA
• Existem várias caveiras de cristal, mas apenas uma já foi descoberta. Acredita-se que as caveiras tenham poderes paranormais.
• Mesmo sendo feita de cristal, material que não é magnético, a caveira atrai objetos metálicos – o que supostamente é um indício do seu poder.
• A principal caveira de cristal do filme é a de Mitchell-Hedges, que realmente existe na vida real (veja mais no texto da página ao lado).
• As caveiras são motivo de disputa entre Indiana e os vilões do filme, os soviéticos, que querem transformá-las em arma de guerra.

O Mistério das Caveiras de Cristal


No final da Década de 1890 apareceram no México duas caveiras de quartzo transparente. Tratava-se de duas peças únicas no seu género, supostamente descobertas por mercenários que obtiveram as caveiras de camponeses locais, que por sua vez, roubaram de tumbas da região. Uma dessas peças é conhecida actualmente como "A Caveira de Cristal Britânica". Ao que parece, a famosa joalheria Nova Iorquina Tiffany''s comprou uma das caveiras e depois, em 1898, o Museu Britânico adquiriu-a e ela permanece lá até hoje...A outra é chamada de "Caveira de Paris", exposta no Museu Trocadero, da Capital Francesa. Tem uma agulheta que atravessa de cima a baixo (supostamente feita por um grupo cristão para inserir nela uma cruz). Seu estilo, forma e corte são similares a outras caveiras de cristal mais pequenas descobertas em diversas ruínas do México e atribuídas aos Astecas. Os traços faciais são muito toscos se comparados com as demais do mesmo material, mas esta é quase de tamanho humano. No momento em que saiu a público o mistério das caveiras de cristal apareceu o chamado crânio de Mitchell-Hedges. Esta peça foi descoberta nas ruínas de uma cidade Maia em Belize (Honduras Britânicas) em 1924. Naquele ano, o explorador F. A. Mitchell-Hedges realizou uma expedição ao coração de Belize com a intenção - segundo o relato da sua filha adoptiva, Arma - de encontrar evidências arqueológicas da Atlântida perdida.Os nativos locais guiaram-no até umas ruínas Maias, completamente escondidas pela vegetação. Assim que a eliminaram com fogo, surgiu uma enorme cidade com muitos edifícios. Ao que parece, e antes do descobrimento oficial aquela localidade recebia, no dialecto Maia, o nome de Lubaantum, (Cidade da Pedra Caída). Arma afirma que no dia de seu 17º aniversário, enquanto caminhava pelas ruínas, algo reflectiu a luz do Sol, atraindo a sua atenção. Naqueles dias, seu pai encontrava-se na Inglaterra arrecadando recursos financeiros para a expedição, e quando regressou, Arma mostrou-lhe imediatamente o referido lugar.Após algumas horas levantando pedras pesadas, ajudados pela população local, acharam a parte superior de um crânio de cristal perfeito. Seis semanas mais tarde, numa área diferente, cheia de andares, a mesma equipe de homens descobriu a sua mandíbula. Tratava-se de um objecto fabricado com quartzo transparente, formado por duas peças distintas, com uma mandíbula articulada e do mesmo tamanho que um crânio humano.Em 1964, Arma Mitchell-Hedges conheceu um pesquisador de enigmas Arqueológicos chamado Frank Dorland, durante a Exposição Universal de Nova York. Dorland investigou esta caveira de cristal durante os seis anos seguintes até que, finalmente, decidiu levá-la a Hewlett Packard, uma companhia de computadores.Esta empresa, que dispõe de um dos laboratórios de cristal mais sofisticados do Mundo, examinou o crânio em 1971. Entretanto, os especialistas não se mostraram demasiados seguros em poder duplicar a peça, mesmo empregando a Tecnologia mais sofisticada ao seu alcance. Descobriram que o fabricante da caveira seguiu a natureza do quartzo, e que havia dado forma ao cristal completamente ao contrário.Assim mesmo, a caveira parecia dispor de um elaborado sistema interno de lentes e prismas, devido a forma que reflectia e refractava a luz quando esta passava através dela.O cristal de quartzo não apresenta tais propriedades no estado natural. E ainda que muitos escultores contemporâneos afirmassem poder duplicar a forma externa da caveira de cristal de Mitchell-Hedges, ninguém produziu uma peça que produza o estranho fenómeno que é observado na peça original.Uma das chaves que poderiam desvendar o enigma das caveiras de cristal é o material com que foram talhadas: o Quartzo. Hoje,estamos familiarizados com a utilização deste material em quase todos os aparelhos electrónicos, inclusive os Micro-Chips utilizados em computadores. A propriedade do Quartzo é a sua capacidade de amplificar qualquer corrente eléctrica que passe através dele é a razão por que os computadores são cada vez mais pequenos, já que só necessitam de uma pequena parcela de corrente eléctrica para que funcionem. O consenso geral de quem investigou o mistério é que possivelmente uma ou várias Civilizações Antigas, dotadas de grande sabedoria e avançados conhecimentos cósmicos - se não forem de origem Extraterrestre - introduziram as caveiras de cristal entre seres humanos com a intenção de proporcionar-lhes uma poderosa ferramenta.Tal instrumento seria capaz de ajudar a humanidade a aumentar seu nível de consciência e vibração. Muito se tem a falar sobre estes enigmáticos crânios de vidro, pois as conclusões não são ainda definitivas. Tudo o que se pode dizer é que muitas Culturas Indígenas - Incas, Índios Norte-Americanos, Maias, Astecas, Aborígenes Africanos, etc - conheciam sua existência.

Shtriga

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A lenda da Shtriga tem origem na Albânia, mas há lendas que datam da antiga Roma. Trata-se de uma bruxa que se alimentaria de energias vitais de qualquer tipo de pessoa, mas principalmente de crianças, pois tem uma energia vital mais forte. Elas só atacam à noite. De dia pode se passar por qualquer pessoa, principalmente por senhoras de muita idade. É invulnerável a qualquer arma feita por Deus ou pelo homem (exceto nas horas que se alimenta). Mais conhecida como Strix.

Como exterminá-las? Shtrigas são invulneráveis à todas armas de Deus e dos homens, mas tornam-se vulneráveis enquanto se alimentam e podem ser atingidas com metal sagrado, a Prata.

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A Bruxa de Gwrach-y-Rhibyn

O significado do nome Gwrach-y-rhibyn, literalmente é "Bruxa da Bruma" mas o termo mais comun é "Bruxa da Baba". Dizem que parece com uma velha horrorosa, toda desgrenhada, de nariz arrebitado, olhos penetrantes e dentes semelhantes a presas. De braços compridos e dedos com longas garras, tem na corcunda duas asas negras escamosas, coriáceas como a de um morcego. Por mais diferente que ela seja da adorável banshee irlandesa, a Bruxa da Baba do País de Gales lamenta e chora quando cumpre funções semelhantes, prevendo a morte. Acredita-se que a medonha aparição sirva de emissária principalmente às antigas famílias galesas.

Alguns habitantes de Gales até dizem ter visto a cara dessa górgona; outros conhecem a velha agourenta apenas por marcas de garras nas janelas ou por um bater de asas, grandes demais para pertencer a um pássaro. Uma antiga família que teria sido assombrada pela Gwrach-y-rhibyn foi a dos Stardling, do sul de Gales. Por setecentos anos, até meados do século XVIII, os Stardling ocuparam o Castelo de São Donato, no litoral de Glamorgan.



A família acabou por perder a propriedade, mas parece que a Bruxa da Baba continuou associando São Donato aos Stardling. Uma noite, um hóspede do Castelo acordou com o som de uma mulher lamuriando-se e gemendo por baixo da sua janela. Olhou para fora, mas a escuridão envolvia tudo. Em seguida ouviu o bater de asas imensas.



Os misteriosos sons assustaram tanto o visitante que este voltou para cama, não sem antes acender uma lâmpada que ficaria acesa até o amanhecer. Na manhã seguinte, indagando se mais alguém havia ouvido tais barulhos, a sua anfitriã confirmou os sons e disse que seriam de uma Gwrach-y-rhibyn que os estava avisando de uma morte na família Stardling. Mesmo sem haver um membro da família morando mais no casarão, a velha bruxa continuava a visitar a casa que um dia pertencera aos Stardling. Naquele mesmo dia, ficou sabendo-se que o último descendente direto da família estava morto.

Espelhos

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O espelho é um traço comum na grande maioria das variáveis da lenda da Blood Mary. Dizem que um espelho é um portal entre esse mundo e o mundo dos mortos, e antigamente, costumavasse cobrir os espelhos das casas onde pessoas morriam para que suas almas não ficassem presas neles. Também era custume as pessoas cobrirem os espelhos de seus quartos antes de irem dormir, pois acreditavam que a alma se desprendia do corpo durante o sono, e podia ficar presa no espelho.

Métamorfos

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Mas o que é um Métamorfo afinal?
existem diversos relatos sobre estes.... podem ser ou não verdade...

À partida um métamorfo é uma criatura que consegue mudar de forma... pode se transformar em qualquer animal que desejar ser... ainda não se sabe ao certo se estes conseguem tomar a forma de um humano que conheçam, pois o corpo humano é muito mais complexo do que o corpo de um animal.

Relatos de diversas tribos dizem que este acontecimento se sucede apenas em noites de Lua - Cheia.

Esta pode não ser uma defenição muito conclusiva... pois ainda estou em estudo sobre estes... são um ser muito pouco abordado.

Se souberem de mais alguma fonte que me possa ajudar nesta pesquisa agradecia que me contactassem, ou se não concordarem com a defenição.

Blody Mary

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Blody Mary (Maria Sanguinária)

Esta lenda é originária nos Estados Unidos.
Essa lenda tem, diversas versões e ramificações, e se espalhou para diversos países, sofrendo muitas alterações no processo, afinal, "Quem conta um conto, aumenta um ponto".



A Bruxa do Espelho

Esta lenda foi publicada em 1.978 pelo americano Janet Langlois, especialista em folclore. Segundo esta versão, Bloody Mary (Maria Sanguinária), é um espírito vingativo que aparece quando uma jovem enrolada num cobertor, murmura 13 vezes enquanto olha para o espelho do WC as palavras "Bloody Mary" apenas com a luz de uma vela. Bloody Mary (Maria Sanguinária) seria o fantasma de uma feiticeira que foi executada á um século por praticar magia negra.




Blood Mary, a Vingadora



Nesta versão Bloody Mary (Maria Sanguinária), era uma adolescente extremamente bela e vaidosa, que se tornou vítima do preconceito após ter o rosto desfigurado num acidente de viação. Ela vendeu a sua alma para se poder vingar de todos os que a descriminaram ou das pessoas que se prendem demais a aparência, tendo possivelmente, cometido suicídio em frente do espelho do WC, após ter feito o acordo.



Rainha Mary Tudor

Com o passar do tempo, a história de Bloody Mary (Maria Sanguinária) misturou-se a história da Rainha Mary Tudor, que ganhou o título em 1.553. Em seus esforços para restabelecer o catolicismo pela Inglaterra, fez perseguições aos protestantes, que lhe atribuiram o cognome: Bloody Mary (Maria Sanguinária). Dizem que a rainha para se manter bela, se banhava no sangue de jovens garotas, mas eram provavelmente boatos do povo, insatisfeito por sua união com Filipe II da Espanha. Este casamento, inclusivé, foi provocador de uma guerra com a frança, que teve como consequência a perda de Calais (1.558).



Bloody Mary (A suposta Lenda Original)

Segundo a lenda, Bloddy Mary (Maria Sanguinária) seria um espírito de uma jovem modelo que teve seus olhos arrancados num WC por um companheiro ciumento. Antes de morrer, tentou escrever seu nome na superfície prateada, usando seu próprio sangue. Não conseguiu terminar e acabou levando o segredo para o túmulo. Se alguém que oculta um segredo sobre a morte de alguém pronunciar "Bloody Mary" três vezes diante de um espelho, ela aparece e arranca os olhos desse indivíduo, e escreve o nome da vítima da pessoa atrás do espelho.





Relato Verdadeiro Sobre a Bloody Mary

Há relatos sobre uma jovem americana que foi levada para o hospital após realizar a brincadeira da Bloody Mary em frente a um espelho. Ela supostamente foi empurrada após realizar o ritual de invocação pelo espírito de Mary, batendo a cabeça na pia e sendo encontrada com um ferimento na testa e em estado de coma. Essa jovem, segundo as fontes, preferiu não se identificar, e estaria viva ainda hoje.

Ditos; frases: ladainhas...

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Ritos e Mitos
Varrer o pé de alguem- Não volta a casar
Chuva no dia de casamento- Benção de Deus
Cruzar com gato preto na rua- da azar
Vassoura atras da porta- Espanta visitas
Jogar sal no fogo- Espanta azar
Passar em baixo de uma escada- Azar
Quem canta seus males espanta
Se a palma da mão coçar- sinal que ira receber dinheiro
Quem quebrar um espelho tera 7 anos de azar
Se a orelha esquentar de repente alguem esta a falar mal
Ver uma borboleta voar da sorte ao dia
Quem passar por baixo do arco-iris muda de sexo H pa M e M pa H
Aranhas, grilos e lagartixas representao sorte para o lar
Matar uma aranha pode causar infelicidade no amor
3 velas e 3 lampadas ligadas no mesmo quarto pode ser prenúncio de morte
Uma meia do avesso – sinal de que uma boa noticia esta para chegar
Sair de casa e entrar em qualqur lado de pe direito ivita o azar
Deixar um copo de vidro no canto da sala cheio de sal grosso ivita o azar
Afastar uma pessoa de nossa casa – assim que sair jogar sal atras dela que assim nao volta
Levantar da cama com o pe direito
Comer melancia e manga nao se bebe leite por cima
Tomar banho de sal grosso tira o mau olhado, a inveja...
Quando se esta na rua com alguem nao passar cada um por um lado de um poste isso traz uma briga entre ambos passase do mesmo lado
Um garfo cair no chão é visita de um Homem

“VC PENSA QUE ESTÁ NA CASA DA MÃE JOANA?”
Na época do Brasil Império, mais especificamente na época da minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária era justamente a Joana. Como eles mandavam e desmandavam no país, ficou a frase casa da mãe Joana como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

Não se contao as estrelas com os dedos apontados – nascem verrugas nos dedos

Na quaresma não se deve ir em bailes; pois a moça do vai ao baile e dança com um homem lindo todo de branco e quando olha para os pés do mesmo ele não usa sapatos e tem cascos ai descobre que estava dançando com o pé redondo. sabem de quem se trata né


ADIVINHAÇÂO:
Sexo do bebe: pedir a mama para estender a mao palma virada para baixo H virada pa cima M
                Ventre- pontudo e saliente H  arredondado e crescendo para os lados M

Nota depois de dar a luz o repouso sao de 40 dias para que no futuro nao existao dores pois altera o organismo...

Um pouco mais sobre os anjos

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Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza, se perguntares pela designação da natureza, é um espírito;
se perguntares pelo encargo, é um anjo:
é espírito pelo aquilo que é.
E é anjo pelo aquilo que faz."


Os Anjos são criaturas puramente "Espirituais", são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis . Eles existem desde o começo dos tempos e já se encontravam no jardim do Éden antes que Adão e Eva, fascinados, explorassem esta ampla terra a nós dada por Deus, e depois que os primeiros humanos foram expulsos do éden por terem provado do conhecimento do bem e do mal, os querubins, que são uma das três ordens de anjos mais próximas de Deus, montaram guarda na porta oriental.
Suas espadas de fogo viraram-se em todas as direções para impedir-nos - Adão e Eva - de voltar para provar também da árvore da vida eterna. Um Anjo é um guardião, um mensageiro do Céu. O Céu é a origem dos milagres, onde o amor existe como energia curativa pura e incondicional, e onde os seres humanos são encarados como uma espécie protegida dotada de livre-arbítrio. Um Anjo pode levar o reino dos Céus aos seres humanos na terra se o desejar e estivermos dispostos a aceitá-lo.
Eles nos socorrem, nos ajudam, nos ungem de calma e serenidade. São portadores de mensagens ou de esperança. Eles nos guiam, nos ensinam, respondem a nossas orações, nos conduzem na morte. E sempre estão a serviço de Deus, e não deles mesmos.
Os anjos são nossos companheiros por toda a vida, por isso, sempre confie neles, pois assim também estará confiando em Deus.

O Menino Sem Olhos

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Uma mãe teve dois filhos.

Eles foram pedir esmola, que não tinham nada.

Ela deu-lhes um farnel e perguntou-lhes se queriam ambos comer da mesma vasilha ou levar cada um o seu farnel.

O mais velho disse que era melhor cada um levar o seu farnel.

Assim foi.

No caminho o irmão mais novo perguntou ao irmão se era melhor comerem cada um do seu farnel ou comerem primeiro um e depois o outro.

O mais velho disse que era melhor assim.

Assim foi.

No primeiro dia comeram ambos a comida do mais novo.

No segundo dia, eram já horas de almoçar, disse o mais novo:

– Ó irmão, vamos agora comer?

O mais velho respondeu-lhe:

– Não, que ainda é cedo.

Depois ia comendo e o mais novo não comia nada.

Ao jantar, o mesmo; enfim, o irmão mais novo já levava tanta fome que lhe tornou a pedir ao menos um bocadinho de pão.

O mais velho disse-lhe:

– Se me deixares tirar um olho, dou-te.

O mais novo, como estava desesperado com fome, obrigou-se a deixar tirar um olho. Mas o irmão mais velho tirou-lhe o olho, mas não lhe deu o bocadinho de pão.

O mais novo tornou a pedir-lhe ao menos metade. O irmão disse-lhe:

– Pois só te dou metade se me deixares tirar o outro olho.

Depois o mais velho foi-se embora e deixou o irmão ali só e desamparado.

O menino, vendo-se cego, deixou-se por lá andar a ver se encontrava alguém que o guiasse no caminho.

Chegou abaixo de um monte e ouviu cantar a água de um rio, e ali parou dizendo consigo:

– Nada, daqui não passo eu, que, como não veio nada, posso meter-me ao rio e morrer afogado.

Conheceu que era noite e foi indo às apalpadelas e encontrou uma árvore e abanou com ela, e ouviu cantar as folhas e depois trepou para cima e ali ficou naquela árvore.

Próximo à árvore estava uma ponte, onde costumava ir o demónio com as bruxas fazer audiência.

Daí a pouco vieram todas, conforme é costume, e estavam perguntando umas às outras o que tinham feito naquele dia.

Uma delas respondeu ao demónio que tinha cortado as águas à capital da França, onde que ao fim de três dias morreria tudo à sede.

O demónio perguntou-lhe o que tinha ela feito para cortar essas águas.

Diz ela:

– Eu, no espaço de quatro a cinco léguas, por onde passa a água, encantei uma cobra e meti-a no canal da água, onde a cobra está presa de cabeça e rabo dentro de um anel, e a água está presa no meio do rolo da cobra.

O demónio perguntou:

– Então não haverá outra vez remédio para soltar essa água para a cidade?

A bruxa disse:

– Há, mas eu não digo a ninguém.

O demónio disse:

– Então, nem a mim?

A bruxa respondeu:

– A ti sim, como mestre. O remédio é havendo quem se aventure a lá ir com uma lança de ouro e tirar o anel que está dentro da cobra sem a ferir; tanto corre a cobra para o monte, como a água que vem da fonte.

O menino, que estava em cima da árvore, aprendeu isto tudo.

Uma outra bruxa disse:

– Eu também enfeiticei o rei da Itália, que está encarangado (entrevado, perro dos nervos do corpo) de todos os membros do corpo que se não pode mover para lado algum. E toda a família real morre desta aflição.

O demónio perguntou:

– Então, que lhe fizeste tu para ele estar assim encarangado?

Respondeu a bruxa:

– Cosi os olhos a um sapo, com a mesma linha apertei o sapo de pés e mãos e tudo, e meti-o debaixo da cama de Sua Majestade.

O demónio perguntou:

– Então não haverá remédio para dar outra vez saúde a este rei?

A bruxa disse:

– Há, havendo quem vá daqui à Itália ao jardim do rei, que tem um marmeleiro em cima de um chafariz, e havendo quem lhe colha o primeiro ranco (arranco, ramo), que faz um S em cima do chafariz, e lhe aguçar a ponta do feitio de uma lança, e pescar com ela um peixe azul que anda dentro do tanque, e derretê-lo numa bilha que não tenha levado nada, e levantando o pé esquerdo do leito do rei e tirando o sapo que está metido debaixo, e descosendo-lhe os olhos e desamarrando-o de modo que não se fira o sapo, e deitando depois o sapo ao jardim. Estando o peixe derretido, dar depois uma untura ao rei, e daí a pouco logo o rei está com a sua saúde, mas decerto o rei morre porque eu não o conto a ninguém.

O menino, que estava em cima da árvore à escuta, aprendeu tudo.

Depois uma outra bruxa disse ao demónio:

– E tu, o que é que fizeste?

O demónio respondeu:

– Eu já fiz obra maravilhosa, já fiz com que tirasse os olhos um irmão ao outro; também já há três dias que tenho feito com que uns bem-casados se dêem mal.

A bruxa perguntou-lhe:

– Então que fizeste tu para um irmão tirar os olhos ao outro?

O demónio respondeu:

– Atentei-o para o mais velho não dar um bocadinho de pão ao mais novo sem lhe tirar os olhos.

A bruxa perguntou:

– Então não haverá remédio para esse menino ficar outra vez com vista?

O demónio disse:

– Há, mas como o há-de ele saber se eu não conto a ninguém?

A bruxa disse:

– Mas deves contá-lo a nós, como nós te contámos tudo a ti.

O demónio então disse:

– Está aqui perto uma árvore, cortando-lhe três folhas e cuspindo-lhe três vezes, antes de amanhecer, e pisando estas folhas na mão, com o sumo da folha e com cuspo da boca, untando as capelas dos olhos (pálpebras), aí se fica com a vista natural.

– E para se darem outra vez os bem-casados como se davam?

O demónio respondeu:

– Indo a uma igreja matriz, colhendo uma bilha de água benta da pia do baptismo, colhendo umas ervinhas que lhes chamam os cristãos alecrim.

A bruxa perguntou:

– Então, que fizeste tu para esses casados se darem mal?

O demónio respondeu:

– Aqui ao cimo deste monte moravam uns bem-casados, e eu fui-me meter debaixo da cama. O homem, quando entrava de fora para dentro, olhava paro debaixo da cama e via-me lá figurou-se-lhe que era um homem e começou logo a maltratar a mulher de más palavras. Assim se começou de dar mal, julgando que a mulher andava amigada. A mulher não fazia senão chorar e dizer que tal coisa não fazia.

A bruxa perguntou:

– Então, não haverá outra vez remédio para eles ficarem bem?

O demónio respondeu:

– Sim, então já te não disse que em ir buscar a bilha de água benta da casa em cruz, quando me lá vir, que eu fujo, e assim se tornam eles a darem-se bem?

Nisto, o menino, que estava em cima da árvore, aprendeu tudo; depois pegou nas folhas da árvore, que era a mesma onde ele estava, e fez o que disse o demónio. Depois ficou logo com vista.

Assim que foi dia, desceu pela árvore abaixo e tratou logo de procurar a cosa dos mal-casados.

Fez tudo quanto o demónio disse e eles ficaram bem.

Dali passou à França e desencantou a cobra e deu água à cidade.

O rei de França deu-lhe logo uma porção de dinheiro.

Depois foi para a Itália e fez também o mesmo que a bruxa tinha dito ao demónio.

Quando o peixe estava derretido, o menino falou para o rei e disse:

– Real Senhor, tenha a bondade de mandar todos os médicos embora, que Vossa Real Majestade hoje ainda os há-de ir visitar a casa.

O rei assim fez.

Depois o menino esfregou-o com o óleo do peixe e ficou o rei logo curado.

Depois que o rei se achou bom, levou o menino para o palácio e depois casou com a filha do rei.

O rei morreu e ele ficou senhor do reinado.

Nisto, o irmão mais velho andava pedindo pelo mundo; foi andando de terra em terra, até que foi dar ao reino do irmão, mas sem saber.

Um dia estava o rei à janela mais a rainha e viu aquele homem e conheceu que era o irmão e disse para a sentinela que estava à porta do palácio:

– Ó sentinela, prenda-me aquele homem e traga-mo cá à minha presença.

Neste momento foi-se o rei fardar com as suas insígnias como rei e sentou-se no trono.

A sentinela levou o preso à presença do rei.

Depois o rei começou a perguntar ao homem de que terra era ele.

O preso estava sem saber o que havia de dizer. Afinal lá contou a sua vida. Depois o rei perguntou-lhe:

– Que é feito da tua mãe?

Ele disse:

– Eu não sei, porque desde que saí de casa não tornei lá a voltar.

– E que é feito de teu irmão?

– Então Vossa Majestade conhecia meu irmão?

O rei disse que sim e perguntou-lhe porque é que ele lhe tinha tirado os olhos.

O irmão começou a negar. O rei disse-lhe então que bem sabia que tinha sido por tentação do diabo e que ele era o seu irmão.

Depois ficou no palácio com o rei, que lhe perdoou.

A Bela e a Cobra

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Era uma vez um rei que tinha três filhas, uma das quais era muito formosa e ao mesmo tempo dotada de boas qualidades. Chamava-se Bela. O rei tinha sido muito rico, mas, por causa de um naufrágio, ficou completamente pobre.

Um dia foi fazer uma viagem; antes porém perguntou às filhas o que queriam que ele lhes trouxesse. – Eu, disse a mais velha, quero um vestido e um chapéu de seda.

– Eu, disse a do meio, quero um guarda-sol de cetim.

– E tu que queres? – perguntou ele à mais nova.

– Uma rosa tão linda como eu, respondeu ela.

– Pois sim, disse ele.

E partiu.

Passado algum tempo trouxe as prendas de suas filhas, disse à mais nova:

– Pega lá esta linda rosa. Bem cara me ficou ela!

Bela ficou muito preocupada e perguntou ao pai por que é que lhe tinha dito aquilo. Ele, a princípio, não lho queria dizer, mas ela tantas instâncias fez, que ele lhe respondeu que no jardim onde tinha colhido aquela rosa encontrou uma cobra, que lhe perguntou para quem ela era; que ele lhe respondeu que era para a sua filha mais nova e ela lhe disse que lha havia de levar, se não que era morto. Depois disse ela:

– Meu pai, não tenha pena, que eu vou.

Assim foi. logo que ela entrou naquele palácio, ficou admirada de ver tudo tão asseado, mas ia com muito medo. O pai esteve lá um pouco de tempo e depois foi-se embora. Bela, quando ficou só, foi a uma sala e viu a cobra. Ia-se a deitar quando começaram a ajudarem-na a despir. Estava ela na cama quando sentiu uma coisa fria; deu um grito e disse-lhe uma voz: – Não tenhas medo.

Em seguida foi ver o que era e apareceu-lhe uma cobra. Ela, a princípio, assustou-se, mas depois começou a afagá-la. Ao outro dia de manhã apareceu-lhe a mesa posta com o almoço. Ao jantar viu pôr a mesa, mas não viu ninguém; a noite foi-se deitar e encontrou a mesma cobra. Assim viveu durante muito tempo, até que um dia foi visitar o pai; mas quando ia a sair ouviu uma voz que lhe disse:

– Não te demores acima de três dias, senão morrerás.

Ia a continuar o seu caminho e já se esquecia do que a voz lhe tinha dito. Chegou a casa do pai. Iam a passar três dias quando se lembrou que tinha de tornar; despediu-se de toda a sua família e partiu a galope; chegou lá à noite, foi-se deitar, como tinha de costume, mas já não sentiu o tal bichinho. Cheia de tristeza, levantou-se pela manhã muito cedo, foi procurá-lo no jardim e qual não foi a sua admiração vendo-o no fundo dum poço! Ela começou a afagá-lo chorando; mas, quando chorava, caiu-lhe uma lágrima no peito da cobra; assim que a lágrima lhe caiu a cobra transformou-se num príncipe, que ao mesmo tempo lhe disse:

– Só tu, minha donzela, me podias salvar! Estou aqui há uns poucos de anos e, se tu não chorasses sobre o meu peito, ainda aqui estaria cem anos mais.

O príncipe gostou tanto dela que casou com ela e lá viveram durante muitos anos.

Bela Menina

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Era uma vez um homem; vivia numa cidade e trazia navegações no mar, e depois foi ele e deu em decadência por se lhe perderem as navegações. Ele teve o seu pesar e não podia viver com aquela decência com que vivia no povoado e tinha umas terrinhas na aldeia e disse para a mulher e para as filhas: «Não temos remédio senão irmos para as nossas terrinhas; se vivemos com menos decência que até aqui, somos pregoados dos nossos inimigos.»

A mulher e uma filha aceitaram, mas as outras duas filhas começaram a chorar muito. E depois foram. A que tinha ido de sua vontade era a mais nova e chamava-se Bela-Menina; cantava muito e era a que cozinhava e ia buscar erva para o gado, de pés descalços; as outras metiam-se no quarto e não faziam senão chorar. Quando o pai ia para alguma parte, as mais velhas sempre pediam que lhes trouxesse alguma coisa e a mais nova não lhe pedia nada. Vai nisto, veio-lhe uma carta de um amigo dizendo que as navegações que vinham aí, que tiveram notícia e que fosse vê-las.

O homem caminhou mais um criado saber das tais navegações; quando saiu, disseram as suas filhas mais velhas que, se as navegações fossem as dele, lhes levasse algumas coisas que lhe declararam. E ele disse à mais nova: «Ora todas me pedem que lhes traga alguma coisa. Só tu não me pedes nada?» «Vou pedir-lhe também uma coisa; onde o meu pai vir o mais belo jardim, traga-me a mais bela flor que lá houver.» O pai foi e chegou a uma cidade e reconheceu que as navegações não eram dele e foi-se embora com a bolsa vazia. Chegou a um monte e anoiteceu-lhe; ele viu uma luz e dirigiu-se para ela a ver se encontrava quem o acolhesse. Chegou lá e viu uma casa grande e estropeou à porta; não lhe falaram; tornou a estropear; não lhe falaram. E disse ao moço: «Vai aí pelo portal de baixo ver se vês alguém.» O moço foi e voltou: «Veio lá muitas luzes dentro e cavalos a comer e penso para lhe botar; mas não veio ninguém.»

Então o homem mandou meter o cavalo na cavalariça e entraram na cozinha. Acharam lá que comer e, como a fome não era pequena, foram comendo muito. E nisto aí vem por essa casa adiante uma coisa fazendo um grande ruído, assim como umas cadeias que vinham a rastos pela casa adiante e depois chegou ao pé deles um bicho de rastos e disse-lhes: «Boas-noites.» Eles puseram-se a pé com medo e disseram-lhe: «Nós viemos aqui por não acharmos abrigo nem que comer noutra parte; mas não vimos fazer mal a ninguém.» «Deixai-vos estar e comei.» Demorou-se um pouco o bicho e disse-lhes: «Ora ide-vos deitar que eu também vou para o meu curral.» E começou-se a arrastar pela cozinha e foi. Ao outro dia o homem foi ao jardim, que era o mais belo que tinha visto, e disse: «Já que não posso levar nada para as minhas filhas mais velhas, quero ao menos levar a flor para a Bela-Menina...» Estava a cortar a flor e nisto o bicho salta-lhe: «Ah, ladrão! Depois de eu te acolher em minha casa, tu vens-me colher o meu sustento, que eu não me sustento senão em rosas.» E ele disse: «Eu fiz mal, fiz; mas eu tenho lá uma filha que me pediu que lhe levasse a mais bela flor que eu visse na viagem, e não podendo levar nada às outras filhas, queria ao menos levar a flor; mas se a quereis ela aí fica.» «Não, levai-a e se me trouxerdes cá essa filha, ficais ricos.» O homem caminhou e chegou a casa muito apaixonado por não trazer nada às outras filhas e não achar as navegações e pegou na flor e deu-a à Bela-Menina.

A filha, assim que viu a flor, disse: «Oh, que bela flor! Onde a achou, meu pai?» O pai contou-lhe o que vira e a filha disse: «Ó meu pai, eu quero ir ver.» «Olha que o bicho fala e disse também que te queria ver.» «Pois vamos.» E foram. A filha, assim que viu o tal bicho, disse: «Ó pai, eu quero cá ficar com este bicho, que ele é muito bonito.» O pai teve a sua pena, mas deixou-a. Passado algum tempo, ela disse: «Ó meu bichinho, tu não me deixas ir ver os meus pais?» E ele disse-lhe: «Não, tu não vais lá por ora; teu pai vem cá.» O pai veio e disse ao bicho: «Eu queria levar a rapariga.» «Não me leves daqui a rapariga, senão eu morro e tu vai ali àquela porta e abre-a e leva dali a riqueza que tu quiseres e casa as tuas filhas.» O homem que mais quis?

Um dia o bicho disse à Bela-Menina: «A tua irmã mais velha lá vem de se receber; tu queres vê-la?» «Quero.» «Vai ali e abre aquela porta.» Ela foi e viu a irmã com o noivo e os pais. «Agora deixa-me ir ver o meu cunhado.» «Eu deixava, deixava; mas tu não tornas.» «Torno; dá-me só três dias que eu em um dia e meio chego lá e torno cá noutro dia e meio.» «Se não vieres nestes três dias, quando voltares achas-me morto.» Ela foi; no fim dos três dias ela veio, mas tardou mais um pouquito que os três dias; ela foi ao jardim e viu-o deitado como morto. Chegou ao pé dele, «Ai meu bichinho!» E começou a chorar. Ele caiu e ela disse: «Coitadinho, está morto; vou dar-lhe um beijinho.» E deu-lhe um beijo, mas o bicho fez-se um belo rapaz. Era um príncipe encantado que ali estava e que casou com ela.

História do Compadre Rico e do Compadre Pobre

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Moravam numa aldeia dois compadres. Um era pobre e o outro rico, mas muito miserável. Naquela terra era uso todos quantos matavam porco dar um lombo ao abade. O compadre rico, que queria matar porco sem ter de dar o lombo, lamentou-se ao pobre, dizendo mal de tal uso. Este deu-lhe de conselho que matasse o porco e o dependurasse no quintal, recolhendo-o de madrugada, para depois dizer que lho tinham roubado.

Ficou muito contente com aquela ideia e seguiu à risca o que o compadre pobre lhe tinha dito. Depois deitou-se com tenção de ir de madrugada ao quintal buscar o porco. Mas o compadre pobre, que era espertalhão, foi lá de noite e roubou-lho. No dia seguinte, quando o rico deu pela falta do porco, correu a casa do compadre pobre e muito aflito contou-lhe o acontecido. Este, fazendo-se desentendido, dizia-lhe: «Assim, compadre! Bravo! Muito bem, muito bem! Assim é que há-de dizer para se esquivar de dar o lombo ao abade!»

O rico cada vez teimava mais ser certo terem-lhe roubado o porco; e o pobre cada vez se ria mais, até que aquele saiu desesperado, porque o não entendiam.

O que roubou o porco ficou muito contente e disse à mulher: «Olha, mulher, desta maneira também havemos de arranjar vinho. Tu hás-de ir a correr e a chorar para casa do compadre, fingindo que eu te quero bater; levas um odre debaixo do fato, e quando sentires a minha voz, foges para a adega do compadre e enquanto eu estou falando com ele, enches o odre de vinho e foges pela outra porta para casa.» A mulher, fingindo-se muito aflita, correu para casa do compadre, pedindo que lhe acudisse, porque o marido a queria matar. Nisto ouviu a voz do marido e correu para a adega do compadre, e enquanto este diligenciava apaziguar-lhe a ira, enchia ela o odre. Tinha-lhe esquecido, porém, um cordão para o atar, mas tendo uma ideia gritou para o marido: «Ah! Goela de odre sem nagalho!» O marido, que entendeu, respondeu-lhe: «Ah, grande atrevida!... Que se lá vou abaixo, com a fita do cabelo te hei-de afogar!» Ela, apenas isto ouviu, desatou logo o cabelo, atou com a fita a boca do odre e fugiu com ela para casa. Desta maneira tiveram porco e vinho sem lhes custar nada, e enganaram o avarento do compadre.

Os Sapatinhos Encantados

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ERA UMA VEZ uma mulher muito bonita que dava estalagem e a todos os almocreves que lá iam perguntava se tinham visto uma mulher mais bonita do que ela. Ela tinha uma filha mais bonita do que ela e tinha-a fechada para ninguém a ver. Disse-lhe um dia um almocreve: «Ainda agora ali vi uma mulher mais bonita a uma janela a pentear-se.» «Ai! Era a minha filha; pois vou mandar matá-la.»
E mandou dois criados matá-la a um monte e ela disse-lhes que a não matassem, que a deixassem, que prometia não tornar a casa. Os criados tiveram dó dela e deixaram-na. Ela foi indo e chegou a uma serra e viu uma casa; era noite; pediu se a acolhiam e não achou ninguém. Entrou para dentro e fez a ceia, e assim que a acabou de fazer, escondeu-se; nisto chegaram ladrões que vinham de fazer um roubo e, depois que viram a ceia feita, começaram a dizer: «Ai! Quem nos dera saber quem é que fez a ceia. Se por aí está alguém, apareça.»
E ela apareceu-lhes e contou-lhes a sua sorte, coitadinha, e eles disseram: «Agora não se aflija; há-de ficar connosco e fazemos a atenção que você é nossa irmã.» Daí por diante os ladrões lá iam para os seus roubos e ela ficava sempre; eles estimavam-na muito e tratavam-na.
Ia uma velhota a casa da mãe dela que andava sempre em recados por muitas terras e a mãe dela disse-lhe: «Você, como anda por muitas terras, diga-me se já viu uma cara mais linda do que a minha.»
E ela disse-lhe: «Vi, vi uma rapariga que ainda era mais linda que você em tal banda.» «Você quando vai para lá? Quero que lhe leve uns sapatos.» E deu uns sapatos à velha e disse-lhe: «Leve-lhos e diga-lhe que é a mãe que lhos manda; mas ela que os calce antes de você de lá sair; eu quero saber de certo que ela os calça; olhe que eu pago-lhe bem.»
A mulher levou os sapatos à filha; chegou lá e disse-lhe: «Aqui tem esses sapatos que lhe manda a sua mãe.» Ela disse-lhe: «eu não quero cá sapatos nenhuns; meus irmãos dão-me quantos sapatos eu quiser; não os quero.»
A velha ateimou tanto com ela que ela pegou neles; calçou um, fechou-se um olho; calçou outro, fechou-se-lhe o outro olho e ela caiu morta. Depois vieram os ladrões, choraram muito ao pé dela, lastimaram muito a morte dela e depois disseram: «Esta cara não há-de ir para debaixo da terra; levemo-la num caixão à serra de tal banda que vem lá o filho do rei à caça para ele ver esta flor.»
Depois levaram-na a esse sítio; veio o filho do rei e viu-a e achou-a muito bonita e depois tirou-lhe um sapato e ela abriu um olho, tirou-lhe outro, abriu outro olho e ficou viva. E ele então levou-a para casa e casou com ela e foram visitar a bêbeda da mãe e esta ainda depois mesmo a queria mandar matar, mas não o conseguiu.

Os Três Conselhos

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Um pobre rapaz tinha casado, e para arranjar a sua vida, logo ao fim do primeiro ano teve de ir servir uns patrões muito longe. Ele era assim bom homem, e pediu ao amo que lhe fosse guardando na mão o dinheiro das soldadas. Ao fim de uns quatro anos já tinha um par de moedas, que lhe chegava para comprar um eidico, e quis voltar para casa. O patrão disse-lhe:

– Qual queres, três bons conselhos que te hão-de servir para toda a vida, ou o teu dinheiro?

– Ele, o dinheiro é sangue, como diz o outro.

– Mas podem roubar-to pelo caminho e matarem-te.

– Pois então venham de lá os conselhos.

Disse-lhe o patrão:

– O primeiro conselho que te dou é que nunca te metas por atalho, podendo andar pela estrada real.

– Cá me fica para meu governo.

– O segundo, é que nunca pernoites em casa de homem velho casado com mulher nova. Agora o terceiro vem a ser: nunca te decidas pelas primeiras aparências.

O rapaz guardou na memória os três conselhos, que representavam todas as suas soldadas; e quando se ia embora, a dona da casa deu-lhe um bolo para o caminho, se tivesse fome; mas que era melhor comê-lo em casa com a mulher, quando lá chegasse. Partiu o homenzinho do Senhor, e encontrou-se na estrada com uns almocreves que levavam uns machos com fazendas; foram-se acompanhando e contando a sua vida, e chegando lá a um ponto da estrada, disse um almocreve que cortava ali por uns atalhos, porque poupava meia hora de caminho. O rapaz foi batendo pela estrada real, e quando ia chegando a um povoado, viu vir o almocreve todo esbaforido sem os machos; tinham-no roubado e espancado na quelha. Disse o moço:

– Já me valeu o primeiro conselho.

Seguiu o seu caminho, e chegou já de noite a uma venda, onde foi beber uma pinga, e onde tencionava pernoitar; mas quando viu o taverneiro já homem entrado, e a mulher ainda frescalhuda, pagou e foi andando sempre, Quando chegou à vila, ia lá um reboliço; era que a Justiça andava em busca de um assassino que tinha fugido com a mulher do taverneiro que fora morto naquela noite. Disse o rapaz lá consigo:

– Bem empregado dinheiro o que me levou o patrão por este conselho.

E picou o passo, para ainda naquele dia chegar a casa. E lá chegou; quando se ia aproximando da porta, viu dentro de casa um homem, sentado ao lume com a sua mulher! A sua primeira ideia foi ir matar logo ali a ambos. Lembrou-se do conselho, e curtiu consigo a sua dor, e entrou muito fresco pela poria dentro. A mulher veio abraçá-lo, e disse:

– Aqui está meu irmão, que chegou hoje mesmo do Brasil. Que dia! E tu também ao fim de quatro anos!

Abraçaram-se todos muito contentes, e quando foi a ceia para a mesa, o marido vai a partir o bolo, e aparece-lhe dentro todo o dinheiro das suas soldadas. E por isso diz o outro, ainda há quem faça bem.